Thursday, May 31, 2007

Anderson




Estou triste. Estou chocado. Estou desapontado. Parece um pesadelo. Sinto-me como um miúdo que esperou imenso tempo até ter aquele brinquedo com que sempre sonhou e que, pouco depois de o comprar, fica sem ele para sempre. A desilusão é enorme por saber que não aproveitou o suficiente. É assim que me sinto. Não aproveitámos o suficiente o nosso pequeno génio. Primeiro porque o quisemos proteger de toda a confusão que se gerou em volta da sua contratação e do seu talento. Depois porque ficou afastado dos relvados durante meia temporada por uma lesão grave. Sinceramente, pensei que para a próxima época veríamos o Anderson em todo o seu esplendor. Até já estava mentalizado para que fosse a última temporada que iria fazer de azul e branco. Um talento destes não engana e mais tarde ou mais cedo ele rumaria a campeonatos mais competitivos e mais ricos. Mas este ano não. ESTE ANO NÃO!
Podiam ter vendido o Quaresma ou o Lucho ou o Pepe. Até podiam ter vendido os três. Este era para ficar.
Para todos aqueles que dizem que foi um negócio irrecusável e que 30 milhões por um miúdo de 19 anos que jogou 15 jogos a titular pelo nosso clube é óptimo eu digo: estão enganados! Se acham que isso é muito, imaginem se ele ficasse mais uma época cá. Sem lesões, continuaria a espalhar o seu perfume pela Europa, só que de uma forma contínua. Sem lesões, cimentaria um lugar nos convocados da selecção do Brasil. Sem lesões, facilmente valorizaria o seu passe até chegar aos 50 milhões de euros. E não tenho dúvidas nenhumas que haveria sempre alguém disposto a dar esse dinheiro por ele.
Sendo assim, fico muito preocupado. Noutras alturas estaria descansado pois saberia que a SAD iria fazer muito bom uso desse dinheiro e que iríamos contratar um ou dois jogadores de grande qualidade por uma bagatela, sendo que o resto seria utilizado para diminuir o passivo. Da maneira que as coisas estão, com os empresários sedentos de dinheiro a pairar junto do edifício da SAD à espera de umas migalhinhas, com os gestores mais preocupados em garantirem o seu do que em levarem o clube cada vez mais além, com um Presidente cada vez menos empenhado em gerir os destinos do clube como sempre o fez e mais preocupado em tentar não ir parar à prisão, avizinham-se tempos negros. Muito negros.
Há coisas que não estão nada bem. Temos jogadores que criticam duramente o treinador e a sua relação com o plantel (o que não ajuda a que o balneário se mantenha unido), continuamos a fazer contratações extremamente duvidosas (nem falo do Lino porque até se pode revelar um achado, como outros que fomos buscar no passado), deixamos os nossos melhores jogadores ir embora sem sequer fazer um esforço para os manter cá...
Estou mesmo muito triste. A última vez que fiquei assim foi quando o Mourinho se foi embora. Na altura sabia que tudo ia ser diferente sem ele. Para pior. Receio que agora vá acontecer o mesmo.

P.S. Li em blogs nossos que se preparam manifestações à porta da SAD para saber o que vai ser feito com o dinheiro desta venda. Acho muito engraçado. E triste ao mesmo tempo. Engraçado porque muitos dos que agora criticam foram incapazes de apontar outras soluções para a presidência e se calhar até votaram na continuidade destes corpos gerentes. Triste porque não vai servir de nada, pois esta direcção ACABOU DE SER REELEITA por um período de 3 ANOS! Já vão tarde!

Wednesday, May 30, 2007

Ai ai ai

Espero bem que esta notícia seja mais uma invenção d'A Bola. Mas é que espero mesmo...

Tuesday, May 29, 2007

Oporto

Acabei de ver o último programa do Gato Fedorento. É impressão minha ou o nosso hino é lindo até cantado em inglês?

Oporto, Oporto, Oporto, Oporto!

Sunday, May 27, 2007

20 anos




Há exactamente 20 anos o FC Porto conquistava a sua primeira competição internacional: a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Há exactamente 20 anos tornei-me adepto do FC Porto.
Infelizmente são poucas as minhas recordações desse momento histórico. Tinha apenas 5 anos e, segundo palavras da minha mãe, eu passei grande parte do tempo a chorar, assustado pela gritaria e loucura da minha família, que se tinha juntado em minha casa para ver o jogo. Dessa noite recordo os tachos que tocavam em uníssono, os meus tios que batiam nas portas feitos selvagens...e o João Pinto a correr com a taça nas mãos. Mais nada. Mas sei que foi aí que tudo começou.
Da Supertaça Europeia não sobram memórias, da Taça Intercontinental apenas alguns flashes (entre os quais se conta o golaço do Madjer). Mas foi em Viena que tudo começou.
Aqueles lunáticos que partilham laços de sangue comigo e que passaram o resto dessa noite a berrar e a bater com tudo o que tinham à mão em tudo o que era sítio pegaram-me o bichinho azul e branco. O FC Porto fez o resto.
Desde cedo me apercebi que aquele clube era especial. As vitórias eram conseguidas com sangue, suor e lágrimas. Os jogadores lutavam, corriam, morriam em campo pelo emblema que envergavam ao peito. A equipa era unida nas vitórias e nas derrotas.
Desde cedo me apercebi também que ser do FC Porto era diferente. Era diferente sobretudo porque representava uma afronta ao poder da capital. O FC Porto, "clube de bairro", "clube regional", tinha o desplante de querer fazer frente aos dois colossos da capital. Também isso aumentava o gozo de ser portista.
Ser do FC Porto implica ser contra o poder da capital. Infelizmente, continuamos a viver num país em que a mentalidade dominante vê Portugal como "Lisboa e o resto que é só paisagem". Isso reflecte-se no futebol. A hegemonia dos clubes de Lisboa durante quase quarenta anos começou a ser ameaçada no fim dos anos 70 para ser definitivamente abalada na década de 80 por um clube do Norte, a região dos parolos.
E é aí que reside a grandeza do nosso clube: o FC Porto não se limita a lutar contra os seus adversários, semana a semana, de modo a garantir os pontos que lhe vão dar os títulos. O FC Porto luta contra Lisboa. Contra SLB e contra SCP que, juntos, tentam denegrir a qualidade e os méritos de um clube que, com muito menos meios, com muito menos ajudas, com muito menos apoiantes, conseguiu chegar tão ou mais longe do que os grandes clubes da capital.
O FC Porto e o SCP não se unem para ganhar ao Benfas. O Benfas e o FCP não se unem para ganhar ao SCP. Mas o Benfas e o SCP unem-se para ganhar ao FC Porto. É essa a nossa grandeza. Mesmo tendo adversários com mais apoiantes do que nós, que representam uma cidade que continua a ser o símbolo de um poder centralizado e centralizador, continuamos a chegar mais além.
É com orgulho que, ao ouvir os comentários dos anti-portistas que continuam a referir-se ao nosso clube como um "clube regional", penso naquilo que já conseguimos conquistar. Nos títulos, no respeito internacional, na fama conquistada nos quatro cantos do mundo. Se conseguimos conquistar tudo isto sendo um clube regional, imaginem o que conseguiríamos conquistar com "6 milhões de adeptos"?
Por tudo isto, ser do FC Porto é ser apaixonado. É continuar a vibrar e a gritar após cada golo. É lutar sabendo que apenas podemos contar connosco para ganhar. É sofrer e morder a língua quando menosprezam os nossos títulos e a justiça com que os conquistamos. É sentir arrepios na pele e as lágrimas nos olhos de cada vez que se vê na TV ou se ouve no rádio os golos do Madjer, do Juary, do Derlei, do Alenitchev, do Carlos Alberto e do Deco.
É percorrer mais de trezentos quilómetros em direcção ao Porto para ver a final de Gelsenkirchen e depois esperar até à manhã seguinte no estádio do Dragão (sem nunca pregar olho) pelos heróis e celebrar aquele que continua a ser o dia mais feliz da minha vida.
É beijar o emblema e bater no peito de cada vez que marcamos um golo. É amar um clube e vibrar com as suas vitórias (e não com as derrotas dos outros).
Por tudo isto e por muito mais, ser do FC Porto é ser diferente.

E tudo começou em Viena...

P.S. Este fim de semana não foi nada positivo para as modalidades amadoras do nosso clube. Perdemos a final de basquetebol para a Ovarense (que foi, sem dúvida, a melhor equipa este ano) e perdemos a hipótese de fazer a dobradinha em hóquei, ao sermos derrotados por uma equipa da 2ª divisão! No entanto, estas derrotas não devem abalar o excelente trabalho efectuado pelas equipas de Alberto Babo e de Franklim Pais. Para o ano haverá mais e, certamente, estaremos lá para lutar pela vitória até ao fim.
Menção final para Pedro Gil e Reinaldo Garcia, dois grandes hoquistas que se despediram ontem do nosso clube. Farão, com certeza, muita falta e só espero que a equipa consiga substituí-los.

Saturday, May 26, 2007

2007/2008

Motiva-me a escrita deste a post a leitura de um outro post num dos meus blogs de referência.
Sou da opinião que a próxima época deve ser preparada com espcial cuidado, tendo em conta a catástrofe que foi este início de época (com a saída de Co Adriaanse muito tarde) e que quase nos custou o campeonato. Para além disso, há que contar com os nossos adversários, cada vez mais empenhados em superar-nos, sejam quais forem os meios utilizados para esse efeito.
O SCP parece-me o adversário mais temível. Vai com certamente iniciar a época procurando manter o nível manifestado no final desta. Não me parece que haja grandes movimentações para aqueles lados, o que significa que as pérolas manter-se-ão todas (sinceramente, não acredito que saia alguém, a não ser que surja uma proposta louca), logo espera-se um nível alto da parte da equipa de Paulo Bento.
O Benfas também deve ser tido em conta, mas por outros motivos. O presidente e o treinador já vieram dizer que para o ano vão ser campeões, o que não augura nada de bom. Todos os portistas sabem das tramóias que foram perpetradas este ano contra o nosso clube e podemos estar preparados para mais do mesmo para o próximo ano.
No que diz respeito ao nosso clube, mudanças precisam-se. E depressa!
Com o aparente final de carreira do nosso GRANDE Vítor Baía torna-se imprescindível que ele se mantenha no FC Porto, de preferência num lugar de gestão próximo do plantel. A minha escolha vai para chefe do Departamento de Futebol. Por várias razões: 1º seria um elo importante entre a Direcção e o plantel; 2º é um homem que carrega em si a mística do nosso clube, o que pode ser fundamental nas alturas em que a união dos jogadores será mais necessária; 3º é um portista que possui uma respeitável credibilidade junto da opinião pública não afecta ao nosso clube, de modo que pode servir de "porta-voz" do clube (algo que foi feito exclusivamente pelo Jesualdo Ferreira).
Em relação ao restante plantel, é importante que se façam várias alterações.
Na baliza, penso que o Bruno Vale deverá voltar. Se não voltar, terá de ser emprestado a um bom clube, onde lhe sejam dadas garantidas de jogar com regularidade. Esta época em Leiria foi uma época perdida para ele. Acredito piamente que, dentro de duas ou três épocas, ele será o nosso Guarda-Redes titular e, quem sabe, da Selecção.
No que diz respeito aos restantes, fala-se na hipótese do Nuno voltar. Não sei até que ponto isso será bom, se bem que ele serviu bem as nossas cores aquando da primeira passagem. É verdade que precisamos de outro Guarda-Redes experiente se o Baía sair, desse modo talvez se compreenda melhor essa contratação. Também sou da opinião que o Paulo Ribeiro deve ser emprestado, passando o Ventura para 3º Guarda-Redes.
Na defesa, precisamos de, pelo menos, um Defesa Esquerdo. O Fuclie não o é e o Marek Cech este ano jogou melhor quando jogou no meio campo (talvez se torne numa solução secundária para esse sector). O Mareque...enfim.
Seria importante manter o Pepe mais um ano, pelo menos até encontrarmos um sucessor. Sem ele, não temos centrais rápidos e fortes no jogo aéreo (excepção feita ao B.Alves, no que diz respeito ao jogo aéreo). O Ricardo Costa está a ser uma nódoa e não me inspira a mínima confiança. O João Paulo passou demasiado tempo lesionado para poder mostrar o seu valor (que o tem), o Bruno Alves fez uma excelente época mas ainda não confio nele a 100%. Espero que a próxima época seja a época da sua confirmação. Finalmente, o Pedro Emanuel. Não sei até que ponto a lesão que teve pode ser impeditiva de voltar a jogar futebol. Se não o puder fazer, será uma pena pois era um dos capitães da equipa e um dos mais experientes jogadores do plantel. Infelizmente, não vejo nas nossas camadas jovens centrais à altura dos nossos pergaminhos na formação de jogadores para esta posição, o que implicará gasto de dinheiro na compra de um jogador. Esperemos que sejam sábios na gestão das aquisições.
Em relação ao meio-campo, é importante ter uma segunda linha de qualidade que possa entrar a qualquer momento sem que se notem baixas de rendimento. A força do FC Porto de Mourinho residia num meio-campo que tinha dois grandes jogadores para cada posição, e é isso que precisamos agora. Se tivesse de escolher um jogador para vender, escolheria o Lucho por uma razão muito simples. Este ano temos a Copa América e é quase certo que ele vai ser convocado. Uma boa prestação pode valorizar o seu passe, o que seria um bom negócio para os cofres do clube. Se juntarmos a isso o facto de uma participação nesta competição implicar que o Lucho não vai fazer de novo uma pré-época em condições (o que condicionará a sua prestação no campeonato, como aconteceu este ano), então ele deve ser vendido. Até porque me parece que é o jogador mais facilmente substituível.
Anderson, Ibson, Assunção, Meireles e Jorginho devem manter-se. Anderson é um génio. Ibson ganhará um novo fôlego se o Lucho sair (e que falta faz um Ibson ao nível daquele que chegou ao FC Porto), Assunção é grande (para mim melhor que o Costinha, à excepção do jogo aéreo), Meireles é polivalente e tem boa meia distância, Jorginho é irregular, mas para mim esteve melhor esta época do que com o Adriaanse (para isso ajudou o facto de jogar mais perto da sua posição).
Com o "encosto" de Cech para uma posição mais centrocampista, com o regresso do Paulo Machado ao nosso plantel e com a aquisição de mais um jogador (o Zé Pedro para mim seria o jogador ideal) penso que ficamos com um meio-campo capaz de lutar em várias frentes (pelo menos o treinador terá mais soluções e não sucumbirá à tentação de jogar sempre com os mesmos).
Finalmente, no ataque. Quaresma é decisivo, mas não deixa de ser irritante como procura ser sempre o centro das atenções. O treinador tem de ser muito duro com ele no senti-lo de reforçar a ideia de que o futebol é um jogo colectivo e deve ser jogado dessa forma. Se o Quaresma não aceitar isto, então pode dar corda aos sapatos.
Intocáveis para mim são o Adriano e o Lisandro. Bruno Moraes, de facto, parece o Mielcarski com as lesões. No entanto, ele tem talento e seria uma pena não tentar usufruir dele antes de o venderem.
Postiga devia ser recambiado para o estrangeiro, contudo, não sei se há clubes estúpidos o suficiente para caírem na esparrela. Rentería...nem sei o que devem fazer com ele.
Sobra o Vierinha e o Hélder Barbosa. Manter estes dois jogadores no plantel significa um maior controlo nas despesas (e sabe-se como não podemos entrar em loucuras) e a aposta nas nossas escolas. Emprestá-los significa dar-lhes experiência de Primeira Liga, coisa que nem um nem o outro possuem em grau suficiente. Mesmo assim, penso que deveríamos apostar na contratação de mais um avançado polivalente, que dê garantias de marcar golos mas que também seja um jogador de equipa adaptável a várias posições e modelos de jogo.
O treinador...Nunca fui fã de Jesualdo Ferreira. Para mim, se só conquistámos o campeonato na última jornada a ele o devemos. Apear disso, ele tem uma série de atenuantes que lhe podem garantir a continuidade por mais uma época: 1º não foi ele que construiu o plantel; 2º a equipa chegou a praticar um futebol muito bom e a dominar largamente o campeonato durante a primeira volta; 3º tivemos uma onda de lesões anormal e que prejudicou a preparação da parte final da época.
Palpita-me que ele vá ficar. Quer ele fique quer não fique (e nesse caso devíamos apostar em alguém da casa) o importnate é que a temporada seja devidamente planificada e não se cometam os erros que se cometeram este ano e que prejudicaram gravemente a equipa (e desses o Jesualdo não tem culpa nenhuma).

Tuesday, May 22, 2007

Só mais uma!



Ovarense 76 - 82 FC Porto

Apesar de ser um gajo novo, já sigo o basquetebol há alguns anos. Mais concretamente, desde os tempos daquela equipa maravilha do SLB que ganhava tudo em Portugal e que se portava muito bem na Europa. Nessa altura os momentos felizes não abundavam mas soubemos ser pacientes e graças ao trabalho inicial do Prof. Jorge Araújo, a que se seguiram o Prof. Alberto Babo e o Prof. Luís Magalhães, devolveram o FC Porto à elite do Basquetebol português.
Este ano, com o regresso do Prof. Babo ao nosso clube (campeão com o Queluz) esperavam-se grandes coisas do FC Porto. O início foi prometedor mas uma lesão no nosso principal base (Julien Blanks) contribuiu para que a época fosse cheia de altos e baixos, algo a que não assistíamos há alguns anos.
A conquista da Taça da Liga indiciava já um final de temporada mais condizente com o nosso real valor, no entanto, sabíamos que ia ser muito complicado, até porque a Ovarense passeara a sua classe na fase regular do campeonato.
Sinceramente, eu já me contentava com a chegada à final do Playoff (ainda por cima à custa dos lampiões). Chegados lá, jogando contra uma Ovarense motivadíssima pela grande época que fez, só não queria ir a zeros.
O primeiro jogo confirmou as minhas piores expectativas: ia ser um passeio para a Ovarense e, para piorar, íamos ser humilhados. Mas, quando ninguém esperava, eis que ressurge a mística do Dragão (personificada em John Whorton, Julien Blanks, Rodrigo Mascarenhas, Larry Jon Smith, etc.) e empatámos a eliminatória. Aí já pensei que talvez tivessemos hipótese.
E eis que chegamos ao momento que quase ninguém esperava: estamos a uma vitória do campeonato! E ainda por cima com o factor casa a poder beneficiar-nos.
O que se pede aos jogadores nesta altura (se é que ainda se lhes pode pedir alguma coisa depois da fantástica recuperação que encetaram neste final de temporada) é que lutem até ao fim, que puxem pelo público e que se agigantem com o seu incentivo, que lutem por cada bola como se fosse a última, para que possamos levar para casa este título tão saboroso...por ser tão inesperado.
Na próxima Quinta-feira em Matosinhos vamos todos gritar pelo nosso clube, para dar mais uma alegria numa semana já de si marcada pela quantidade enorme de motivos para festejar.

O início

Sou leitor assíduo de blogs. Neste último ano que passou, tornei-me leitor assíduo de blogs dedicados ao nosso grandioso clube. Estas leituras permitiram-me sentir com mais força a emoção que um Dragão sente na hora da vitória, a tristeza que o invade na hora da derrota, a raiva que se sente quando somos vítimas de injustas (e este ano foram tantas!).
Chegou a altura de me associar aos meus "companheiros" portistas nestas lides bloguistas. Também eu sinto a vontade de encontrar um espaço em que possa livremente exprimir o que sinto relativamente a este clube que me tem dado tantas alegrias.
Sendo Portista e sendo lisboeta, nem sempre senti a liberdade desejável para gritar as vitórias do nosso clube. Os adversários são demasiados, as nossas vozes ainda são poucas para se fazerem ouvir no meio deste ruído que procura abafar e minimizar todas as nossas conquistas.
Também por isso é mais saboroso ser campeão estando em território "inimigo". Dá mais gozo vê-los cabisbaixos, murmurando as velhas desculpas dos árbitros (mais para se convencerem a eles mesmos do que para convencerem os outros). Então este ano, com o Apito Dourado, com a Carolina Salgado, com toda a Comunicação Social a puxar pelos nossos rivais, era vê-los a salivar como um cão esfomeado que olha para um naco de carne. Eles sentiam que era desta. Era desta que o "sistema" ruía. Era desta que o Pinto da Costa ia preso. Era desta que a verdade voltaria ao futebol.

Pois bem. Deram-se mal.

O "sistema" (se é que isso existe) mostrou que o grande prejudicado pelas arbitragens esta época foi o FC Porto. O Pinto da Costa não foi preso (e foi mesmo ilibado em alguns processos). A "verdade" só serviu para encobrir todos os benefícios que os clubes da capital usufruiram ao longo do ano e que permitiram que este campeonato fosse o mais equilibrado de sempre.
Felizmente que tudo acabou bem para nós. Apesar de todo o sofrimento desnecessário, conseguimos revalidar o título. Apesar de termos de lutar contra 15 equipas e contra milhões de adversários encobertos, conseguimos ser campeões. Apesar dos erros cometidos, conseguimos acabar em primeiro.
No entanto, isto não é o fim. Há pouco tempo para celebrar pois temos de arregaçar as mangas para os desafios que se avizinham.
Os nosso adversários vão estar ainda mais sedentos de vingança, pois sabem que fracassaram nos seus intentos de nos destruir. Por isso mesmo, temos de estar ainda mais atentos e trabalhar ainda mais. Temos de pegar nos aspectos positivos e potenciá-los. A união entre clube e adeptos tem de funcionar como uma alavanca que nos pode ajudar a atingir ainda mais vitórias. O espírito demonstrado pelos adeptos neste difícil final de época (e que teve o seu ponto alto nas duas últimas jornadas) não pode ser deitado para o lixo e tem de estar presente ao longo de todas as jornadas de todos os campeonatos.
Mas há aspectos negativos que não podem ser esquecidos. Houve muitos erros de casting este ano. De uma vez por todas é preciso acabar com a influência de alguns empresários junto da SAD e que nos impingem jogadores de fraca qualidade só para garantir mais uma comissão. É preciso que a Direcção e o treinador (seja ele quem for) percebam que jogadores como Mareque, Alan, Rentería, Sektioui, Ezequias e outros que tais não podem nunca fazer parte do nosso plantel. É preciso seguir o exemplo do Sporting e apostar na formação, dado que temos dezenas de jogadores formados no nosso clube e que andam por vários clubes a tentar garantir a sorte que não conseguiram ter em casa. É preciso que o clube comunique melhor com a sua massa adepta. Não podemos passar um ano inteiro a ser atacados por todos os lados e a só ouvir a voz de uma pessoa. Direcção e jogadores devem poder falar, nem que seja para criticar aqueles que tentam destruir o fruto do seu trabalho através de calúnias e difamações.

Se este campeonato foi difícil ao ponto de só o ganharmos na última jornada, imaginem como vai ser o próximo...

Da minha parte, estarei sempre aqui para aplaudir nos bons e nos maus momentos, no entanto, não me coibirei de criticar sempre que achar que algo está errado. Porque, infelizmente, ainda há muita coisa mal no nosso clube.

Mas para já...vamos festejar mais um bocadinho!